A
América Central (em
espanhol:
América Central, Centroamérica) é a região do mundo limitada ao norte pela
Península de Iucatã, no
México e ao sul pela
Colômbia, limitando a
Oeste com o
Oceano Pacífico e a
Leste com o
Oceano Atlântico. Apesar de considerada um dos
subcontinentes da
América, esta região localiza-se numa
placa tectónica própria: a
Placa Caribeana.
[1]
Assim, é formada pela faixa central do continente americano
compreendendo os Estados soberanos ístmicos e antilhanos mais as
dependências situadas no
mar do Caribe (ou mar das Caraíbas).
[2]
Existem montanhas ao longo de toda a região, sendo que as situadas ao
sul são uma continuação dos
Andes; a mais alta é a do
monte Tajumulco na
Guatemala com 4.220 metros de
altitude. A maioria é
vulcânica, pois a região fica numa junção entre uma placa de
crosta e uma perigosa zona de
terremotos. Os dois grandes
lagos da
Nicarágua interrompem a
cadeia. O
clima é
tropical, embora acima de 760m a
temperatura seja mais amena e haja o
cultivo do
café. Cria-se
gado, especialmente em
Honduras. Nos outros lugares a
cinza vulcânica fertilizou a terra possibilitando a lavoura de
bananas,
cana-de-açúcar,
milho e
frutas. As montanhas do Pacífico descem íngremes em direção à
costa, enquanto na direção do
norte e do leste, na
península de Yucatan e nas
planícies costeiras, descem suavemente em direção ao
mar. No leste a
chuva é pesada; os
rios trazem grandes quantidades de limo e há uma
floresta densa atrás dos
mangues das
praias. A região possui grandes depósitos de
petróleo e
gás, assim como de
prata e
ouro.
Foi povoada por diversos
grupos aborígenes quando os primeiros
europeus fizeram contato, no começo do
século XVI, e sua colonização foi iniciada a partir das colônias caribenhas de
Hispaniola e
Cuba. De
1535 a
1810 a América Central, com exceção do
Panamá, fez parte do
Vice-Reino da Nova Espanha e ficou sob jurisdição do vice-rei na
Cidade do México.
Com a
independência dos países da América Central Ístmica da
Espanha, em
1821, a maior parte da área foi anexada até
1822 ao
Império Mexicano de
Augustín de Iturbide. De
1823 a
1838 tentou uma confederação política, a
União das Províncias da América Central (
Costa Rica, Guatemala, Honduras, Nicarágua e
El Salvador), mas esta foi derrubada pela rivalidade entre grupos liberais e conservadores e por ciúmes regionais. Em
1839 a unidade política foi extinta.
Caudilhos militares dominaram no restante do
século XIX. O aventureiro americano William Walker invadiu a Nicarágua (
1855-
1857). Os
britânicos ocuparam San Juan del Norte Greytown (
1848) e as ilhas da
baía de Honduras,
a fim de conseguir o controle da costa de Mosquito e bloquear os planos
americanos de construir um canal interoceânico, enquanto exerceram
pressão diplomática para assegurar ao uso do canal em toda a região. Em
1951, formou-se a
Organização dos Estados da América Central, para ajudar as resolver os problemas em comum. A
Comissão Econômica para a América Latina, órgão das
Nações Unidas, encorajou a cooperação em assuntos de produção, tarifas e comércio entre os países membros da
Associação Latino-Americana de Livre Comércio (que passou a se chamar em
1980 Associação para Integração Latino-Americana) e o
Mercado Comum Centro-Americano.